Temporada de cruzeiros 2022/2023 injetou R$ 5,1 bilhões na economia brasileira

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Temporada de cruzeiros 2022/2023 injetou R$ 5,1 bilhões na economia brasileira

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Temporada de cruzeiros 2022/2023 bateu recordes (Foto: Arquivo MTur)

Foram 803 mil cruzeiristas embarcados no período; nova temporada começa em outubro

O turismo brasileiro ostenta mais uma marca. A Temporada de Cruzeiros 2022/2023 recebeu 802.758 turistas que ajudaram a movimentar R$ 5,1 bilhões na economia brasileira e a gerar 79.567 postos de trabalho diretos e indiretos. Os dados fazem parte do Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil – Temporada 2022/2023 lançado na última semana.

O levantamento, produzido em parceria entre a Clia Brasil e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), também aponta que cada R$ 1 investido no setor movimentou R$ 4,05 na economia nacional. O gasto médio por pessoa com a compra da viagem de cruzeiro foi de R$ 5.073,51 e o tempo médio da viagem foi de 4,9 dias.

A média de impacto econômico gerada nas cidades de escala foi de R$ 639,37 e de R$ 813,56 nas cidades de embarque e desembarque.

“É uma atividade extremamente importante para o nosso turismo. Nos ajuda a atrair não só turistas estrangeiros, mas os brasileiros também! E é preciso que o brasileiro conheça e viaje pelo Brasil, para que nós tenhamos essa economia pujante”, ressaltou o secretário de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade do Ministério do Turismo, Milton Zuanazzi.

O presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, ressalta que a Temporada 2022/2023 mostra a força do setor de cruzeiros. “Foi a maior dos últimos dez anos. Mais leitos ofertados, mais cruzeiristas, mais roteiros e maior eficiência dos navios levaram a indústria de cruzeiros no Brasil a alcançar números recordes nesta temporada e mostrar sua força e alta capacidade de retomada”, disse Ferraz.

Os setores mais beneficiados com os gastos dos cruzeiristas e tripulantes (sem contar as armadoras) foram: alimentos e bebidas (R$ 631,4 milhões), comércio varejista – despesa com compras e presentes – (R$ 618,4 milhões), seguido por transporte durante a viagem (R$ 508,9 milhões), transporte antes e/ou após a viagem (R$ 325,3 milhões), passeios turísticos (R$ 260 milhões) e hospedagem antes ou após a viagem de cruzeiro (R$ 93,8 milhões).

Além disso, o setor gerou R$ 546,2 milhões em tributos nas esferas federal, estadual e municipal (esse índice ficou em R$ 213 milhões na temporada anterior).

Perfil do viajante

O destino de preferência da maioria dos cruzeiristas (66,2%) que participaram da pesquisa é o litoral do Nordeste. Cerca de 92% desejam realizar uma nova viagem de cruzeiro e 87% querem retornar ao destino de escala.

Além disso, a ampla maioria dos entrevistados (78%) desceu em, pelo menos, uma parada do roteiro.

Quanto à frequência, 66,1% realizavam sua primeira viagem de navio, enquanto os 33,9% restantes já haviam viajado de cruzeiro, em média, aproximadamente quatro vezes.

De maneira geral, os cruzeiristas viajam acompanhados (98,9%), sendo os principais acompanhantes filhos e parentes (51,9%), cônjuge (24,7%) e amigos (19,5%).

Com relação ao gênero, 60,8% são mulheres e 39,2%, homens. A maioria (61,4%) informou ser casado ou estar em união estável.

Sustentabilidade

A indústria de cruzeiros marítimos tem realizado investimentos e implementado diversos mecanismos para a redução de poluição e melhorias de eficiência na operação dos navios.

Segundo a Clia, as companhias marítimas associadas têm estabelecido metas ambiciosas, traçando o caminho para zerar a emissão de carbono até 2050.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.