Congonhas enfrenta problemas no primeiro dia de privatização

Empresa espanhola assumiu a gestão do terminal paulista nesta terça-feira (17/10).

No primeiro dia de administração privatizada, o Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, registrou problemas de operação. O sistema de informações de voos apresentou uma “instabilidade” no final da manhã desta terça-feira (17/10), o que ocasionou atrasos.

A gestão do terminal está nas mãos da empresa Aena Brasil, que assumiu a administração no lugar da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O leilão de privatização ocorreu em agosto de 2022.

Segundo a Aena, até as 16h30 de terça-feira, o problema ainda não tinha sido solucionado. “Embora a situação não tenha sido totalmente normalizada, os impactos estão sendo minorados”, disse a concessionária, em nota.

De acordo com a Aena, 65% dos voos que decolaram de Congonhas na terça, até as 15h10, partiram no horário ou tiveram atrasos inferiores a 30 minutos. “Alguns atrasos foram causados porque as chuvas que ocorreram pela manhã provocaram retenção de aeronaves no pátio”, acrescentou a empresa.

O Aeroporto de Congonhas é o segundo maior do país em número de passageiros e sua administração foi concedida à Aena, empresa estatal, controlada pelo governo espanhol. O aeroporto teve um fluxo de 22,2 milhões de passageiros em 2019, último ano antes da pandemia. Em 2022, foram 17,7 milhões passageiros. De janeiro a agosto deste ano, já passaram pelo terminal 14,1 milhões de passageiros.

Compromissos

Entre as obrigações da Aena no processo de privatização da administração do aeroporto estão a ampliação da sala de embarque remoto, a readequação de vias de acesso, reforma dos banheiros e revitalização da fachada.

A empresa deverá também fazer a revitalização dos pavimentos das pistas de táxi, ampliação do pátio de aeronaves, assim como a construção de um novo terminal de passageiros, com mais pontes de embarque.

Até o final de novembro, a Aena terá sob sua gestão 17 aeroportos em nove estados brasileiros, de onde partem cerca de 20% dos voos nacionais.

*Com informações da Agência Brasil